terça-feira, 28 de agosto de 2007

Relações afetivas: subentendido por quê?

Hoje estava conversando com uma amiga sobre relacionamentos e como está ficando comum dificuldades de se criar vínculos afetivos, principalmente no que se refere aos homens.

O diálogo fica muito no subentendido, no dito e não dito, no deu a entender....


Porque assim não há comprometimento, não há sentimento de culpa, o outro entende da maneira que quiser.


Sei que não somos ingênuas, mas na ânsia de nos sentirmos amadas, não paramos para questionar o porquê daquela atitude, não queremos ouvir os sininhos do sinal de alerta e assim vamos dando margem as nossas fantasias, ficando refém do outro, confusas, sem saber realmente qual é a deles.


Pergunto eu: não seria melhor esses subentendidos serem traduzidos por uma simples perguntinha, como, por exemplo, "qual é a sua, meu querido?". Ou "não entendi o que você quis dizer", para fazê-lo falar. 


É preciso tirar a máscara desses terríveis e adoráveis sedutores.


Está na hora de termos coragem, seja qual for a resposta.


De sabermos que merecemos ser respeitadas, amadas, valorizadas, mas para isso teremos que nos amar, trabalhar melhor a nossa autoestima. E se a resposta derrubar as nossas fantasias, sei que vai doer, mas vai valer a pena.


É nos tropeços que nos amadurecemos.


Aprenderemos a não colocar expectativas numa relação que não nos traz segurança afetiva, pois com o próximo sedutor (todos eles usam o mesmo artifício), mesmo sendo terrivelmente encantador, não deixaremos nada subentendido.




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